Este blog é um espaço livre para a discussão e pesquisa de assuntos relacionados à educação.
A princípio, também será um espaço para o estudo do Curso Progestão - Programa de Capacitação à Distância para Gestores Escolares, que está em sua nona edição.
Cada um dos dez módulos do curso serão publicados conforme as datas presenciais fixadas pela Superintendência Regional de Ensino de Itajubá, e serão tratados de modo a orientar o estudo de todos os colegas cursistas e aos que por ele se interessarem.
Sempre que possível, gostaria que você pudesse deixar sua contribuição com comentários aos textos publicados.
Obrigado e bom estudo a todos.

30 de out. de 2013

Avaliação Institucional: Conhecer a escola para planejar mudanças e intervenções.


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, aborda em diferentes artigos a necessidade de a escola manter padrão de qualidade na oferta do processo de ensino e de aprendizagem. Assim, fica evidente a necessidade da garantia de uma educação ofertada com qualidade aos alunos. Nesse sentido a escola para garantir o prescrito na lei e sua função social deve acompanhar a aprendizagem do aluno, por meio do processo de avaliação da aprendizagem e ainda, avaliar o desenvolvimento de seu processo administrativo e pedagógico. 
 "O trabalho da escola consiste em garantir padrão de qualidade da aprendizagem por meio dos serviços prestados". Assim, deve avaliar o processo e promover intervenções por meio de metas e ações. Com isso a escola tendo como referência seus objetivos prescritos no Projeto Pedagógico, tem dois processos para avaliar seu trabalho, quais sejam, a avaliação da aprendizagem aplicada aos alunos e a avaliação da organização administrativa, financeira e pedagógica escola, denominada avaliação institucional.

A partir das avaliações a escola estabelece metas e ações no seu Plano de Desenvolvimento Escolar. A avaliação institucional tem sua legitimidade quando a escola estabelece a relação entre a sua política educacional, o Projeto Pedagógico, sua organização, suas ações definidas no Plano de Desenvolvimento da Escola e a prática do dia a dia da instituição.
Com isso, garante-se a lógica do trabalho da escola, sua sistematização.
A escola tem sua autonomia administrativa garantida na forma da LDB/96 e com isso deve articular mecanismos para garantir tomadas de decisões fundamentadas.
Nesse contexto há necessidade da promoção da participação de todos os segmentos da escola na discussão e definição dos processos que assegurem o padrão de qualidade almejado por ela.

Atividade 1:

Nossa escola, como dissemos anteriormente, é uma escola grande, com grande número de profissionais, portanto com inúmeros problemas que precisam ser detectados e resolvidos. Precisamos sempre reorganizar o ensino, a aprendizagem e por consequente, a gestão escolar. Por outro lado, nossa escola realiza muitos projetos envolvendo toda a comunidade escolar, sendo isto um ponto positivo de nossas atuações. Precisamos retomar sempre nosso projeto político pedagógico para servir como base para a nossa avaliação institucional, visando sempre o sucesso dos nossos alunos e de nossos profissionais. Inúmeras são as estratégias a serem utilizadas, sendo a principal delas, a busca da parceria intensiva dos pais no cotidiano escolar de seus filhos e a completa integração entre supervisores, orientadores e professores.
Procuramos sempre demonstrar aos pais a sua responsabilidade no desenvolvimento escolar de seu filho. A avaliação da instituição é imprescindível para o desenvolvimento e bem estar de todos os que nela trabalham e estudam.

A avaliação institucional é antes de tudo romper com os velhos paradigmas e comodismos que faz do ser humano alienado de seu mundo, de sua realidade. Avaliar a aprendizagem é descobrir novos caminhos, seguir novos horizontes;
É papel fundamental da instituição se avaliar constantemente, ver e rever sua trajetória, tropeçar e levantar-se constantemente, deixar de ficar estagnada no tempo e partir em busca de novos caminhos.
“O importante não são as respostas, mas as perguntas que se faz sempre”, somente uma instituição que se questiona é capaz de se transformar e buscar novos horizontes.
 

Atividade 2:


A avaliação institucional é um processo global, contínuo e sistemático, competente e legítimo, participativo, envolvendo agentes internos e externos na formulação de subsídios para a melhoria da qualidade de ensino de nossa escola.
Primeiramente devemos deixar claro que a avaliação não tem objetivo punitivo, mas sim uma ação positiva. Em segundo lugar, que não é uma atividade única do seu gestor, portanto precisamos da participação de todos os profissionais da Escola quanto dos pais dos alunos. Devemos estar sempre de olho na legislação vigente para tornar nosso processo legítimo, objetivando-se como uma nova oportunidade de crescimento e revigoramento de todos as pessoas envolvidas.Todos, no entanto, precisam compreender a necessidade de realizar mais estudos com a finalidade de compreender melhor os seus aspectos e sua aplicabilidade como proposta de progresso para uma escola pública de qualidade. A avaliação de uma escola deve estar baseada no princípio do que é básico para a educação, não só transmitir conhecimento, mas também formar o indivíduo para a sua íntegra participação na cidadania. É um princípio fundamental na avaliação institucional a revisão permanente de todos os segmentos envolvidos nos processo ensino aprendizagem, a escola, o professor, os membros envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, todos num conjunto permanente e coeso, devem unir forças para alcançar os seus objetivos, suas metas. “Ninguém que atue no processo ensino aprendizagem é uma ilha”, todos estamos remando na mesma direção, precisamos unir forças, somar nossos esforços
 
Mas, "Qual o papel da avaliação institucional como instrumento direcionador da gestão escolar?"
É fundamental incorporar em nossa avaliação as etapas: sensibilização, diagnóstico e avaliação dos trabalhos. A saber:

Etapas do Processo de Avaliação Institucional

1- Sensibilização

• Realizar diversas reuniões e encontros, objetivando sensibilizar professores, alunos, funcionários e membros da comunidade usuária para as vantagens e perigos da avaliação.

• Convidar especialistas em avaliação institucional para dar início ao processo de sensibilização.

• Fornecer textos para a discussão do assunto e aprofundar o conhecimento sobre avaliação institucional.

2- Diagnóstico

É o ponto de partida e necessita da existência de um conjunto comparável de informações que permitam o diagnóstico da situação em estudo. Os dados serão correlacionados de forma a gerar indicadores e inferências para as avaliações interna e externa.

3- Avaliação Interna

Consiste em um momento de reflexão e debate interno da escola sobre suas diversas dimensões, em um processo de auto-avaliação. A perspectiva é que, considerando um conjunto de indicadores e inferências, a escola possa analisar os vários dados, gerando relatórios que reflitam como a escola percebe a si mesma. Nesta etapa, a participação de professores, alunos e funcionários é fundamental.



4- Avaliação externa

Ela introduz um componente novo e estimulante no âmbito da escola. Requer dos avaliadores externos e das comunidades da escola, capacidade de discriminação, disponibilidade para o diálogo e sentido de participação.

A avaliação externa tem o papel de complementar e validar a avaliação interna. Seu ponto de partida é o relatório da auto-avaliação e ela contempla os mesmos aspectos da avaliação interna, sempre em uma perspectiva complementar.
Um tipo de avaliação externa, é a avaliação de sistemas, apresentando como exemplo o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB e também as recentes avaliações do SIMAVE.



Para reflexão:

• Sempre criticamos os que resistem a mudanças, como se nós não resistíssemos a elas. Na verdade, resistência a mudanças não é pejorativo, faz parte do ser humano. Sempre que algo afeta valores, emoções, comportamentos e conhecimentos, passamos a ter resistência. Procuramos permanecer em uma zona de conforto. A nossa tendência é nos protegermos dos problemas, evitando o desconhecido. Refugiamo-nos nos valores e nos hábitos que já conhecemos.





Atividade 3

Devemos ter como objetivos principais na avaliação institucional:

a) Avaliação das Séries


Aqui é necessário considerar três conjuntos de elementos:

• Condições - corpo docente; corpo discente; corpo técnico-administrativo; infra-estrutura; perspectivas utilizadas na definição e organização do currículo; perspectivas do mercado de trabalho e perfil profissional para este nível de escolaridade.

• Processos - interdisciplinaridade, institucionalização, qualificação do corpo docente e sua adequação às diferentes atividades na série (domínio dos conteúdos, planejamento,comunicação, compromisso com o ensino); avaliação da aprendizagem (critérios claros e definidos, identificação precoce das dificuldades de aprendizagem, uso de avaliaçãopara diagnóstico, relevância dos conteúdos avaliados, variedade de instrumentos, prevenção da ansiedade estudantil); integração entre os professores da série e da escola com a comunidade.

• Resultados - capacitação dos alunos concluintes como cidadãos, em termos gerais, e como indivíduos produtivos (trabalhadores, empreendedores) em atividades que exigem o nível de escolaridade (ensino fundamental); análise comparativa com mesmas séries de outras escolas e entre as mesmas séries da escola.

b) Avaliação da Disciplina

• Objetivos da disciplina, plano de ensino, fontes de consultas/bibliografia por parte dos alunos e dos professores;

• Procedimentos didáticos, métodos e equipamentos;

• Instrumentos de avaliação, conteúdos das avaliações, atividades práticas

• Condições técnicas: pessoal qualificado e infra-estrutura disponíveis para o desenvolvimento das disciplinas.

c) Avaliação do desempenho docente

• Desempenho didático-pedagógico

• Interesse e participação nas demais questões da escola

• Aspectos éticos

d) Avaliação do aluno


O desempenho do aluno expresso pelo seu rendimento escolar, inclusive nos anos anteriores e por sua participação nas diversas atividades escolares (esportivas, culturais, etc.). Deve-se considerar ainda os problemas sociais que interferem na aprendizagem escolar (ligados à violência, ao ambiente escolar e familiar,ao uso de drogas), além dos físicos e cognitivos.

e) Avaliação de pessoal técnico-administrativo


O desempenho do pessoal administrativo expresso pela compreensão do valor das atividades de apoio para a concretização do ensino de boa qualidade, pelo cuidado relativo a documentação escolar, espaço físico e por sua motivação no trabalho.

f) Avaliação da gestão escolar

O desempenho da equipe de gestão escolar expresso pela competência do colegiado em deliberar em conjunto, estar atento aos aspectos administrativos e pedagógicos e mostrar capacidade em realizar a integração escola/comunidade.

 

Em resumo, temos os objetivos adequados:
  1. A formação de uma equipe comprometida e coerente, para desenvolver um trabalho que motive sempre a participação e o interesse do grupo;
  2. A formação de um grupo responsável;
  3. O trabalho em equipe, onde um possa apoiar o outro, ao mesmo tempo em que um possa se sentir respeitado e valorizado pelo seu trabalho e empenho;
  4. O trabalho junto à comunidade, onde a instituição possa ouvir sempre as necessidades da instituição.
  5. As propostas realizadas por cada um e pelo grupo;
  6. Identificar professores, funcionários e especialistas que estejam desmotivados e sem interesse.